A notícia foi enviada por leitor, citando o J&C, e retrata uma árdua batalha da FENAJ e do sindicato dos jornalistas: que veículos de comunicação reconheçam que seus jornalistas têm, de fato, o direito da categoria.
Parece brincadeira, mas quem trabalhava na Bloomberg tinha que ir à justiça para ganhar seus direitos de jornalista. Parabéns às duas entidades!
"A Bloomberg do Brasil assinou no último dia 9/2 um documento com o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo pelo qual reconhece seu caráter de Agência de Notí-cias e acata o acordo coletivo dos
profissionais de jornais e revistas da Capital paulista. Segundo o presidente do Sindicato José
Augusto Camargo, a negociação foi demorada porque implicou diversas trocas de documentos
em inglês entre a entidade e a matriz da empresa nos Estados Unidos até que se chegasse ao
texto final, bilíngue. Com isso, a partir de agora os jornalistas da Bloomberg do Brasil passam a ter
todos os benefícios da categoria, principalmente no que se refere a piso salarial e jornada de trabalho. Guto classifica o acordo como “a primeira vitória do Sindicato em defesa dos jornalistas que
trabalham em internet. Desde ano passado, estamos lutando para regularizar a situação dos
profissionais do setor que estão vinculados indevidamente ao Sindicato dos Trabalhadores nas
Empresas e Cursos de Informática (Sindiesp), que tem Convenção Coletiva de Trabalho totalmente
diferente da dos jornalistas”. Ele disse que esse acordo reforça a luta da entidade, que tem pressionado outras empresas de internet no mesmo sentido, acionando inclusive o Ministério Público do
Trabalho para analisar as medidas a serem tomadas (ver J&Cia 832). Uma fonte da Fenaj disse a J&Cia que, diferentemente das empresas que nasceram na internet, as organizações jornalísticas e de
comunicação que montam portais independentes tendem a vincular seus profissionais aos sindicatos
dos jornalistas, “principalmente para aproveitar a estrutura e a experiência de negociação que já
têm nessa área, pois em geral os sindicatos de internet englobam até empregados de lojas e cursos
de informática”. (FONTE: J&C)
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